
Pelas 11h fomos em boleias com os pais à Casa da Música, assistir ao Concerto da Orquestra Nacional do Porto, dirigida por Michael Zilm. A Orquestra interpretou O Chapéu de Três Bicos (1917-1919), de Manuel de Falla. Ana Ester Neves foi a soprano convidada e o concerto foi comentado por Gabriela Canavilhas. Todo o grupo da nossa escola adorou - a Orquestra Nacional do Porto esteve a um nível de elevada qualidade interpretativa, conseguindo contar na perfeição as diversas nuances da história presente.

É uma peça que coloca dificuldades novas aos músicos: na procura, por parte de todo o grupo, de um balanço efectivo de uma dança em compasso ternário - anexaram-se uns instrumentos de pele reforçando a pulsação; nas dificuldades técnicas do fraseio das flautas - que têm que ser brilhantes e soltas; na extrema concentração que exige das diversas linhas das cordas , num jogo bonito - mas complexo - de perguntas e respostas. Foi difícil mas o resultado final foi muito interessante (ainda que necessite, naturalmente, de maturação).

(Pelas 1930h recebi alguns telefonemas de pais e mães a relatarem que: havia guitarristas e flautistas que não retiravam os dedos - doridos, e os lábios - inchados, do congelador; que os percussionistas não paravam de bater o compasso ternário simples na mesa da sala de jantar - acentuando, acentuando!)
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